Um dia poderemos retornar
E contar para nossos filhos
Do tempo que nos escondíamos
Procurando uma luz no fim do túnel,
Um lugar em que fôssemos aceitos.
Normais à primeira vista,
Controversos nas conversas
E revirados na alma.
Somos filhos das desavenças
Vivendo no olho do furacão
Sonhando com dias de paz
E de aceitação.
Somos o amanhã, a esperança.
Aquilo que não é compreendido,
Mas que um dia será o padrão.
Arautos de novos dias
Somos silenciados pelos gritos
Daqueles que não querem ceder
E perder o poder.
A ilusão do controle logo cessará
E, finalmente, poderemos voar
Encontrar o caminho de casa
E contar a nossos filhos
Dos dias em que éramos peregrinos.