Vivemos num grande organismo vivo que é o planeta Terra, nos alimentamos de diferentes fontes de energia que estão ao nosso redor, diferentes organismos vivos trabalham continuamente para que a vida siga seu curso. Não há um só momento que não estejamos recebendo algo do universo (ou de uma força maior), são influxos de vida que mantém nossa existência e proporcionam condições para que nossa consciência se expanda enquanto temos diferentes experiências no palco da vida.
Todo esse movimento da vida que vibra em diferentes frequências do micro ao macrocosmo busca o aperfeiçoamento, o crescimento, a evolução. É um movimento que não retrocede e que não para por motivo algum, pois aquilo que está parado perece, a vida é movimento. Diante dessa imensidão de seres e energias se movimentando em busca da evolução estamos nós, vivendo nossas vidas e escrevendo nossas histórias.
Recebemos tanto o tempo todo, mas quanto estamos contribuindo para a evolução?
Como contribuir? O que estamos fazendo realmente está sendo benéfico?
Só o fato de tirar um tempo para refletir sobre tudo isso já é difícil, imagine então ter respostas para as diferentes perguntas que vão surgindo. Por mais que sintamos que precisamos fazer algo em troca de tudo que recebemos é comum nos perdermos e acabarmos sem ação por não encontrarmos meios de exteriorizar no dia a dia nossa contribuição. Essas ações também podem parecer distantes ou difíceis demais para que coloquemos em prática. Então criamos planos futuros para isso ou simplesmente deixamos isso de lado por acreditarmos que não há como conciliar isso com a rotina.
Ações como ajudar as pessoas ao nosso redor, desconhecidos, contribuir com entidades que beneficiam aqueles mais necessitados são sempre benéficas. Todos estamos juntos no palco da vida e estender a mão ao próximo é ajudar a nós mesmos (leia também o texto: Ajudar os outros). Mas toda e qualquer ação que façamos, para que tenha valor no cenário da evolução, deve exercer um impulso evolutivo em nós mesmos. O que isso quer dizer? Que não adianta fazermos determinadas coisas por ser politicamente correto ou por aliviar nossa consciência de um dever quer acreditamos ser necessário realizar.
As coisas que fazemos, antes de qualquer coisa, devem fazer sentido para nós, intimamente. Contribuir com a própria vida e sua manutenção não se restringe a assistencialismo, criação de novas tecnologias, leis ou grandes movimentos que mudem o rumo da humanidade. Na verdade, são as pequenas mudanças na maior parte das pessoas que tem os maiores impactos. Fazer de nós mesmos as pessoas que gostaríamos que os outros fossem é a maior mudança que podemos fazer. Mas lembre-se, a prática de ser quem gostaríamos que os outros fossem não deve apenas fazer sentindo em nosso racional, ela deve fazer sentindo também no emocional.
Não se trata de ser a pessoa perfeita, de não errar, de não sofrer, até porque tudo isso faz parte da vida. Se trata das atitudes que vamos tendo diante da vida e das escolhas que fazemos. Deixar de lado um pouco o que os outros dizem ser as melhores escolhas para a nossa vida e escolher aquilo que preenche nosso coração, que dá sentido e ânimo para nós. Contribuir para o mundo e a evolução está em nos harmonizarmos com nós mesmos para então nos integrarmos ao todo de forma natural. Nos encontrarmos e sermos fiéis ao que sentimos sem nos deixar envolver pelas amarras criadas pelos outros ao nosso redor.
Somos como pequenas células num imenso organismo vivo, a medida que essas células vão fazendo aquilo que elas melhor fazem (o que faz sentido para elas) e vão se tornando saudáveis o organismo como um todo vai se beneficiando disso. As células ao redor dela passam a vivenciar essa plenitude e bem-estar que ela sente e vão se harmonizando também. Fazer o bem começa por nós mesmos, encontrar nosso caminho, melhorar a nós mesmos e expandir isso ao nosso redor. Ser feliz é encontrar esse equilíbrio e deixar esse rastro de felicidade por onde quer que passemos.
NÃO CAMINHAMOS SOZINHOS
Ter a vontade de ajudar
E não ajudar quando dá
Nos leva a um mal-estar.
É como não ser a pessoa
Que acreditamos ser.
É esquecer o que temos que fazer.
Todos têm um chamado diferente
É preciso escutar a si mesmo
Para que se faça a diferença.
Poder ajudar evoluindo
Com atos que fazem sentido
E se propagam ao infinito.