Os dias sempre foram longos,

Arrastados, opacos e sem vida.

Sim, houve dias bons.

Mas nunca foram completos.

 

Algo sempre faltou

E o peito em movimentos repetidos

Se comprimia e relaxava

Buscando sorver um pouco de vida.

 

Sôfrega rotina de tantos dias.

Tentando reconhecer um som familiar

Em meio a um mundo de zumbidos.

Sem sentido, os barulhos nada diziam.

 

Acreditando que os dias vindouros

Seriam reprises daquilo que passou

Deixei de esperar algum sentido.

Tudo que existia eram ruídos.

 

Num desses dias ouve um silêncio.

Achei ter ouvido algo diferente,

Algo que fez todo sentido.

 

Era sua voz ressoando em minha alma

Eliminando a dissonância

E me trazendo harmonia.

 

Os barulhos se foram,

Os dias se transformaram.

E conheci a mais bela melodia.

 

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