Perseverar, seguir em frente sem desistir e, mesmo levando quedas e desanimando, continuar até alcançar seus objetivos.
Essa frase fala muito sobre a história de pessoas que alcançaram objetivos que muitos não conseguiram ou não acreditaram ser possível. É uma realidade para poucos ter a força e a tenacidade de se manter firme naquilo que quer e acredita e ter a consciência que todo o esforço vale a pena. Acredito muito no resultado de um esforço constante quando ele é dirigido pelo coração, em algo que acreditamos verdadeiramente e que faz sentido para nós.
Mas nem sempre insistir em algo vai gerar um bom resultado ou nos trazer benefício. Há momentos em que desistir não é sinônimo de não conseguir algo ou de perder, mas uma escolha consciente de que a melhor decisão não é essa que você está tomando. Quando tomamos uma escolha e não sabemos ainda no que vai resultar e qual suas consequências pode ser difícil identificar se é hora de desistir ou não, mas quando já fizemos esta escolha antes e as condições não mudaram, neste caso, seria insistir no erro e o que a pessoa teria que decidir é se deixaria o ciclo de sofrimento de lado para iniciar algo novo ou se ficaria ali repetindo a decisão esperando algo mudar ou alguém surgir para “salvá-la”.
Por mais óbvia que pareça a resposta, as pessoas geralmente não tomam a escolha de desistir do ciclo de sofrimento para iniciar uma jornada nova com possibilidades de melhorar a situação. O medo gerado pela incerteza do que está por vir é como estar a beira de um penhasco que vai desmoronando onde temos que nos agarrar firmemente nas raízes daquilo que conhecemos porque não conseguimos nos apoiar no desconhecido e a sensação é de segurança é sinônimo de estagnação, de se manter agarrado as raízes sem sair do lugar.
Nessa situação há dois tipos de desistência, uma é desistir de se agarrar as raízes, já cansado de viver assim, e se deixar arrastar penhasco abaixo encarando uma situação ainda pior. A outra desistência é a de desistir de se manter parado agarrado as raízes e subir por elas, palmo a palmo até chegar no topo e seguir por um caminho em que você passa a vislumbrar as coisas do alto, com nova visão da vida e dos trajetos que você pode tomar.
Sei que quando passamos por momento em que temos que decidir sobre desistir de algo ou não muita gente pode ficar na dúvida sobre qual dos tipos desistência estaria tomando, se seria uma desistência acertada motivada pela vontade de seguir por um caminho melhor, ou a desistência motivada pelo medo e comodismo.
Geralmente não é difícil de perceber qual tipo é, pois a desistência que tem base no medo, insegurança e comodismo ela é de fácil e rápida decisão. É aquela vontade que aparece logo que as coisas começam a não dar certo e ao desistir você poderia voltar rapidamente a sua zona de conforto. Enquanto a desistência acertada, que te faz tomar um caminho mais proveitoso, ela tem que ser melhor pensada e analisada, tem que combinar o que o coração deseja com o que a mente acredita ser sensato.
Nós temos que tomar decisões em nossas vidas constantemente e muitas dessas decisões podem mudar muito a realidade em que vivemos. Por isso, não se deixe prender pela noção de tempo (sou velho demais, novo demais, só posso “viver a vida” quando…), pelo que os outros vão pensar, por receios de coisas que tem tanta chance de acontecer quanto você ganhar na loteria ou qualquer outra coisa que nada te agrega. Sinta-se livre para escolher, prosseguir e desistir quando isso for melhor para você. Só não deixe de seguir seu coração e lutar por aquilo que te faz feliz.